quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Minha Paixão ao Tetrafuel


Quando tirei a foto que ilustra esse post, minha intenção era a de poder sempre mostrar a “evolução” da quilometragem de meu carro. Mas para a atual data, ela já está bem ultrapassada. Porém, como ainda não tenho as fotos que irão compor um álbum sobre o meu possante, mostro essa aí mesmo. A data é do dia 13 de janeiro, data da última mensagem do mês passado e o meu carro estava com apenas sessenta e oito mil rodados. Depois dessa foto, troquei os pneus, comprei um GPS e parti com minha família para Minas Gerais, onde passamos uma semana em Ouro Preto, até nos enchermos de tanta igreja e museu que havia por lá. O carrinho, mais uma vez, deu provas de como guerreiro ele é. Mas já está sentindo um pouco do peso da idade, mesmo tendo somente não mais do que um ano e meio, o carro anda lento em subidas – tudo bem, estava cheio de mala das minhas mulheres megalomaníacas – mas conseguiu chegar lá numa boa, depois de ter rodado seiscentos quilômetros até a pousada. Essa viagem eu mostro depois, quando levar o meu carro para a próxima revisão e poder mostrar o resultado do que a ele aconteceu. Sinto, sim, uma trepidação no peito de aço em função daquelas ruas com calçamento Pé-de-moleque, que deixou o meu carro uma gelatina de molenga.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um Mar de Loucura se Aproxima!



Como já disse aqui antes, sempre fui um louco varrido por carros. Mas nunca tive a coragem de comprar carros importados, importados mesmo, não aqueles que eram produzidos fora, mas vendido por “empresas nacionais”. Tive dois assim: o Ford Focus 2003, produzido na Argentina, e o Chevrolet Classic, também argentino. Todos vinham no documento com a letrinha “i” impressa no documento. Agora, um que fosse importado mesmo, com nome de importado, nunca cheguei a comprar. Até pois sou professor e meu carro precisa de manutenção barata. Só que agora a coisa tá difícil
Desde o lançamento de carros como Kia Cerato (lindo) e Hyundai i30 (assustador de belo) eu tenho pensado seriamente em ter um deles. O que me bloqueia severamente é o sonho de querer concretizar a vontade no Tetrafuel de ter o meu primeiro carro com placa preta originalmente meu e que seja fácil de manter e de trabalhar. Todos os outros carros que acabei de afirmar aqui são apenas gasolina e feitos com o mesmo motor. Eu já andei perguntando a vendedores e muitos deles afirmam que não sabem quando virá o motor flex, mesmo algumas reportagens em revistas especializadas já dizerem a data da vinda do tal. Essa não é nem tanto a minha questão, o que me preocupa mesmo é a beleza que os carros de novas montadoras que estão desembarcando no Brasil irão apresentar. E o pior, preços para lá de baixos e competitivos.
Esse é o primeiro caso: Cerato Koup, modelo esportivo do lindíssimo Cerato. Olha só isso, é de arrepiar.
Mas o que tem ainda mais chamado a atenção é a Chery, empresa chinesa que veio com o Tiggo, um carro tal qual o Ford Ecosport, só que mais barato e com três anos de garantia. Por fora, a beleza é tão semelhante quanto, por dentro o Ecosport é incrivelmente superior. Só que um carro 4x4 completo com roda de liga-leve por cinqüenta mil acaba sendo um atrativo para lá de chamativo. Porém, olha o próximo lançamento deles, por trinta e nove mil e novecentos. O novo Chery Cielo, com uma qualidade estética semelhante ao i30, mas sem todo aquele preço de quase sessenta mil – que vale – cobrado por ele. O carro tem algo que já se mostra no Tiggo, uma expressividade alta por fora e uma simplicidade – tanto em materiais quanto em estética – no seu interior. Mas para uma era em que mais se premia o externo ao invés daquilo que se percebe no interior, esse é um carro que vai também fazer tanto barulho quanto do lançamento da Kia e da Hyundai.
Porém, algo sempre se mostrou muito preocupante quanto a novos carros no Brasil. No meu post anterior – num deles – eu falei de um caso muito interessante que aconteceu na década de 1990 aqui no Brasil. Com a abertura de mercado, em função de fim de protecionismo neoliberal da época de Fernando Henrique, tivemos o sucesso de um carrão, mas que depois se mostrou um verdadeiro “sapato apertado” aos seus donos: o Daewoo Espero. O carro era lindo, lindo mesmo, algo muito maior do que se vendia aqui no Brasil. Ainda vivíamos a era dos Opalões, depois substituídos pelo glorioso banheirista Omega, começaram a vir os Vectras e Astras, a Volkswagen ainda nos seus Golzinhos Quadrados e depois o Bolinha, uma gracinha, ou com o Pólo, substituto do Logus – uma verdadeira dor de cabeça - a Ford em seu Escort, Versailles, a chevrolet com o Corsinha e mais uns tantos, não valem a pena lembrar, mas Daewoo e Hyundai estavam aí para contar história.
O Acccent foi uma febre, carro importado muito mais barato do que carro brasileiro. Fácil de fazer manutenção, mas hoje não se vê mais nenhum. Mesmo com o retorno da Hyundai, não existem peças para reposição – penso que nem a própria Hyundai esteja afim de deixar aquilo rodando por aí, uma forma de propaganda contrária fazer aquelas coisas rodarem. Mas o i30 está aí vendendo horrores. O Espero, coitado, nem a Daewoo dá voz de sua existência. Será que o mesmo irá acontecer a essas mesmas empresas que agora estão se firmando no Brasil? Pelo menos conseguiram sobreviver a uma enorme crise econômica – ou estão vindo para cá, pois sabem da força econômica que agora o Brasil possui. Espero mesmo que Chery, com seu Tiggo e Cielo, A Hyundai, com o VeraCruz, Santa Fé – espero que não venham com um carro chamado Brasil, ou Pinta, Nina e Santa Maria – o i30, i35 e tantos outros como o Effa – que espero conseguirem conquistar um bom renome, pois estão com o filme queimadíssimo em função do péssimo carro que vendem. Que venham todas, que venham mesmo, pois isso baratearia o custo de carros no Brasil, tendo em vista serem alto demais, demais mesmo. Isso vai ser uma loucura!!!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Descompromisso



Sei que ficar mais de um mês sem escrever pode parecer um disparate, mas esse sítio – ou blog – é apenas um descompromisso, uma forma de relaxamento, ou até mesmo uma maneira de me divertir encontrando outros SIENEIROS pelo Brasil que também se identificam com a qualidade do carro ou não vivem os problemas que muitos outros por aí encontram. Eu vou ser sincero – e até é o que motiva esse blog – eu nunca tive problema com o carrinho. Aliás, peço até perdão de chamá-lo de carrinho, mas uma forma carinhosa de me dirigir ao meu carro.
O Siena tem se mostrado até melhor do que muitos outros sedans que há por aí afora. Só levando em consideração alguns que são da mesma faixa, a exemplo o Voyage, mesmo com o nome, esse novo modelo parece que não possui a mesma qualidade de seus antecessores. Se eu fosse dono de um Volks – marca que já explicitei não ter vontade nenhuma de possuir um outro modelo – eu pediria ressarcimento, devolução do dinheiro, troca do carro e o que mais pudesse. Sei de casos desse novo modelo do Voyage e do Gol – 1.0, diga-se de passagem – em que motores já foram trocados, problemas com vazamento de óleo, superaquecimento e por aí segue em carros que não chegam a nem cinco mil quilômetros. O mesmo não acontece com os motores 1.6, mas é cobrado o olho da cara pelos mesmos. Penso que descompromisso é isso, algo que a Volks faz com seus clientes. Se eles ainda pensam que conseguem vender carros com o renome que conseguiram no pós-segunda guerra, com o Fusca e depois com o Gol na década de 1980 e 1990 eles estão enganados. Até o Gol bolinha, o carro sim conseguia segurar o tranco, haja vista alguns ainda rodarem bem, mas o que era o Gol GIII? Mas que carro fácil de dar problema, a carenagem dos painéis era uma bomba, não vi um que fosse que não apresentasse uma rachadura, uma dificuldade para fechar o porta-luvas ou trincamento no acrílico do painel de instrumentos. Do GIV nem se fala, feio de dar dó, e ainda com painel de Honda Biz – sim, a motinha.
Pensando em outro sedan, há o famosíssimo por sua beleza: Renault Logan. Tudo bem, três anos de garantia, motor Renault de qualidade, um senhor porta-malas, mas há muito mais em apenas argumentos qualitativos que sejam capazes de se desfazer do maior quesito moderno: a estética. O carro é simples demais, a sua manutenção tende a ser uma dor de cabeça, pois não há uma rede ampla que se desponibilize, há também o chamado Fator Renault, por ser um carro ainda com sobrenome de importado, a desvalorização é alta. Algo que acontece com Citroën, Peugeot e algumas outras, empresas que ainda estão conquistando o gosto do ultraconservador brasileiro. Meu sogro, por exemplo, só comprou banheiras do tipo Opala e Santana, só no fim de sua carreira, lá pelos idos dos anos 1990, é que comprou um Daweoo Espero, que possuía mecânica de Monza Tubarão. Um carrão, todos os dois. Mas vai conseguir peças hoje pro Daweoo. Monza Tubarão até hoje roda, quase todos que vejo para vender aqui no Rio de Janeiro, na faixa entre nove e doze mil reais, possuem kit gás e agüentam o tranco, alguns até ainda são usados por taxistas, tais qual o Santana da Volks, o Royalle e o Versailles, ambos da Ford, mas com motor Volks – finalzinho da Era Autolatina. Nem sei se preciso comentar algo sobre outros sedans, como Classic, Prisma e Corsa – ambos da Chevrolet. O Prisma é mal feito, o Corsa é antigo e o Classic é uma dor de cabeça. Cheguei a comprar um, pelo baixo preço que tinha. Um mês depois – isso em carro zero – a tranca do porta-malas não fechava, trocaram todos os trincos – e consequentemente as chaves. O alarme deu pau, a direção hidráulica era inexistente – dura como direção comum – e os comutadores dos vidros elétricos, de tão baixos, com o toque do meu joelho abriam facilmente. O rádio deu curto, conflito com a buzina. Troquei o rádio, continuei sem buzina. Mas vou ser sincero, se um dia eu passar perrengue de grana e tiver que baixar e muito os gastos aqui em casa, eu volto para ele.
Ainda mesmo eu me incomodo com a Volks. Sou um apaixonado pelo Fusca, apaixonado mesmo, a ponto de participar de clube, encontros, ter todos os filmes e por aí vai, mas essa empresa precisa saber que produzir carros não é se baseando apenas no passado. História, sim, é importante, mas é um detalhe, um ponto para argumentos decisivos. O que vende um carro é qualidade. E quem apenas se baseia em passado deve trabalhar em um museu, não em uma montadora. Espero que seus trabalhadores entendam de história muito mais que seus engenheiros entendam de estratégias matemáticas e físicas.